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Por que a saúde mental do brasileiro tem sido tão afetada nos últimos anos?
Ansiedade, depressão e estresse cresceram no Brasil nos últimos anos. Entenda as causas sociais, médicas e espirituais e descubra como as terapias holísticas podem apoiar o equilíbrio emocional.
Sinara Rosa – Terapeuta Holística
8/29/20253 min read


Por que a saúde mental do brasileiro tem sido tão afetada nos últimos anos?
Nos últimos anos, o Brasil atravessou transformações intensas: crises políticas e econômicas, pandemia, hiperconexão digital, aumento da violência e desigualdade social. Tudo isso se refletiu diretamente na saúde mental da população.
Ansiedade, depressão, estresse e até o suicídio aumentaram de forma preocupante. O sofrimento não é apenas individual: ele reflete também as condições sociais e espirituais de um povo que busca sobreviver em meio à instabilidade.
O que mostram os dados
Antes da pandemia, os sintomas de ansiedade no Brasil já vinham crescendo: de 9% da população em 2015 para mais de 22% em 2019.
Em 2023, um inquérito nacional estimou que 26,8% dos brasileiros relatavam ansiedade e 12,7% depressão.
O Ministério da Saúde aponta que a prevalência ao longo da vida de depressão chega a 15,5% no país.
O Brasil está entre os países com maiores taxas de transtornos de ansiedade do mundo.
Os afastamentos do trabalho por saúde mental cresceram 134% em apenas dois anos.
Entre jovens, os atendimentos por ansiedade explodiram, principalmente após a pandemia, mostrando a fragilidade da nova geração diante das telas e da pressão social.
As mortes por suicídio também cresceram nas últimas décadas, reforçando a urgência de políticas de prevenção e acolhimento.
Esses números mostram que a saúde mental do brasileiro está em crise — e exige tanto cuidado clínico quanto práticas integrativas e espirituais de suporte.
Por que piorou?
Pandemia e pós-pandemia
O isolamento, os lutos e a incerteza deixaram marcas profundas. Muitos carregam até hoje insônia, ansiedade e sintomas depressivos.
Crise econômica e social
Desemprego, inflação e insegurança alimentar são gatilhos de sofrimento. A vida em constante estado de alerta favorece o adoecimento emocional.
Hiperconexão digital
O Brasil está entre os países que mais usam redes sociais. O excesso de telas prejudica o sono, aumenta a comparação social e alimenta a sensação de vazio.
Violência e insegurança
Medo diário de violência urbana e falta de perspectivas agravam o estresse coletivo e enfraquecem a esperança.
Fatores clínicos
Genética, traumas, distúrbios do sono, uso de álcool e outras substâncias também contribuem para o aumento dos transtornos.
Quem sofre mais
Mulheres: sobrecarga de cuidado, dupla jornada e violência de gênero.
Jovens: vulneráveis ao excesso de telas e às incertezas do futuro.
Profissionais de saúde: muitos ainda enfrentam burnout após a pandemia.
Pessoas em territórios vulneráveis: sofrem mais com a desigualdade, violência e falta de acesso a cuidados.
O que funciona na medicina e psicologia
Psicoterapias baseadas em evidências: como TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), Terapias de Aceitação e Mindfulness, Terapia Interpessoal.
Psicofármacos: antidepressivos e ansiolíticos usados de forma responsável em casos moderados a graves, sempre com acompanhamento médico.
Rede pública de saúde (RAPS): CAPS, atenção básica e urgência/emergência, garantindo acesso integral.
Teleatendimento psicológico e psiquiátrico: ampliando o acesso em locais remotos.
O papel das terapias holísticas
As terapias integrativas não substituem psicoterapia ou psiquiatria, mas podem complementar o cuidado, oferecendo acolhimento e equilíbrio energético.
Meditação e respiração consciente: acalmam a mente e regulam emoções.
Yoga: fortalece o corpo, aumenta a presença e reduz ansiedade.
Aromaterapia: lavanda, camomila e olíbano ajudam a relaxar e dormir melhor.
Cromoterapia: uso das cores para harmonizar emoções (azul para calma, verde para equilíbrio).
Reiki: libera bloqueios energéticos e promove bem-estar profundo.
Radiestesia Terapêutica: identifica padrões energéticos de estresse.
Barras de Access: ajuda a liberar crenças limitantes e padrões de pensamento repetitivos.
ThetaHealing: trabalha crenças profundas e promove reconexão espiritual.
Essas práticas ajudam a recuperar vitalidade, diminuir a sobrecarga emocional e trazer clareza mental — preparando o terreno para que o tratamento médico-psicológico seja mais efetivo.
Passos práticos para o brasileiro cuidar da saúde mental
Higiene do sono e digital: evitar telas à noite e criar rotina de descanso.
Redes de apoio: buscar grupos de escuta, família, comunidade, espiritualidade.
Limites no trabalho: políticas de saúde mental e acompanhamento em empresas.
Espiritualidade: práticas de silêncio, oração, contato com a natureza.
Atenção aos sinais: procurar ajuda profissional ao perceber insônia persistente, crises de ansiedade, ideação suicida ou dificuldade de funcionamento diário.
Reflexão final
A saúde mental do brasileiro tem sido abalada por múltiplos fatores: sociais, econômicos, digitais e espirituais. Mas também carrega em si a possibilidade de transformação. Cada crise é um chamado para olhar mais fundo, buscar apoio e reconectar-se com o essencial.
Cuidar da mente é também cuidar da alma. Precisamos de ciência, acolhimento e espiritualidade caminhando juntos para recuperar o equilíbrio coletivo.
“O corpo fala o que a alma cala. Quando a alma desperta, o corpo se liberta.”
Sinara Rosa – Terapeuta Holística